No caso de uma viagem internacional pela América Latina, muita gente fica em dificuldade para definir qual moeda é melhor ou mais útil levar. Acontece de muitas vezes chegar até nós informações divergentes, tais como: “um amigo disse que o real é bem aceito em vários países, mas outro afirmou incisivamente que não há opção melhor do que o dólar.” Numa situação dessa, como decidir qual a melhor moeda para levar na minha viagem?
Essa não é uma pergunta das mais fáceis para se responder, já que o mercado de câmbio é bastante volátil e as cotações mudam diariamente. Entretanto, algumas dicas são importantes na hora de decidir qual a melhor moeda para levar em uma viagem pela América Latina.
Vale ressaltar que a questão do câmbio é importante tanto para a diminuição dos custos com taxas e outros impostos quanto na facilidade e praticidade para o pagamento das despesas no local visitado, e que, portanto, não deve ser deixada de lado.
A primeira questão é sobre o destino, afinal, as regras não são as mesmas para todos os países, e cada região ou local específico tem suas normas próprias. E na vasta região da América Latina, as diferenças cambiais e formas de fazer a conversão do dinheiro variam bastante. Portanto, ter a viagem organizada e com os destinos pré-definidos é o primeiro grande passo para refletir e resolver sobre câmbio.
Qual moeda levar: Real, dólar ou local?
Para os países mais próximos, como Argentina, Colômbia, Uruguai e Chile, os especialistas em moeda e em câmbio indicam que é mais viável levar o dinheiro em real mesmo, já que há mercado para a moeda brasileira nesses países, e portanto, é mais vantajosos fazer a conversão para a moeda local já em solo estrangeiro.
O detalhe fica por conta do local de conversão, sendo que é preferível buscar operadores oficiais de câmbio, como bancos e outras instituições autorizadas, e deve-se evitar os locais duvidosos e que funcionam fora do expediente bancário.
É importante que o viajante lembre que em cidades menores dos países citados acima é possível que se encontre maior dificuldade para fazer a troca de reais pela moeda local, ou ainda, encontrar taxas de câmbio diferentes das praticadas nas capitais e cidades principais. Portanto, se a viagem de turismo passar por cidades menores, lembre-se de incluir a troca antes de rumar para as cidades de menor porte, ou ainda, use o dólar nestes casos.
Já em países como México, Peru, Bolívia e em toda a América Central, o real não tem um mercado expressivo, e o aconselhável é levar o montante em dólar, que pode tanto ser usado para as despesas, como ser trocado pelas moedas locais, com cotações bem mais vantajosas.
A exceção fica por conta de Cuba, que por motivos políticos mantém taxas bem mais altas para o dólar, e mesmo com a recente reaproximação entre o país e os Estados Unidos, ainda é mais vantajoso levar os valores em Euro e lá fazer a troca pela moeda local.
Outra dica importante a ser levada em consideração é, sempre que possível, fugir dos aeroportos como ponto de troca de moedas, já que as taxas em geral são bem mais elevadas, sendo uma alternativa apenas em casos de extrema necessidade.
Embora pareça uma facilidade, fazer câmbio em aeroportos não é uma boa opção, sendo preferível optar sempre pelas casas de câmbio oficiais e em geral, nas regiões centrais das principais cidades dos países visitados.
Levar parte em dólar e parte em real
Alguns viajantes optam por fracionar os valores demandados na viagem, optando por levar parte do dinheiro em dólar, em real ou ainda em outras formas de pagamento, como cartões de viagem ou débito internacional.
Essa opção é bem plausível, principalmente se levarmos em consideração a questão segurança, em eventuais problemas dessa natureza. Esse tipo de precaução é extremamente válido, já que agindo assim, o viajante dificilmente ficará desprevenido.
É preciso levar em conta também, o estilo de cada turista e as suas preferências pessoais, além do perfil da viagem realizada, onde se conclui que cada destino e cada roteiro requer um tipo de decisão diferente quanto ao câmbio e à conversão de dinheiro.
Sendo assim, busque informações específicas sobre cada local a ser visitado, pesquise taxas e condições atualizadas e opte por aquilo que se demonstrar mais vantajoso, seguro e confortável.
Embora seja uma questão vital no planejamento de uma viagem, o câmbio não pode e não deve se tornar uma dor de cabeça para o turista, e com organização e conhecimento, é possível fazer a melhor escolha e assim garantir segurança e tranquilidade para desfrutar o que de melhor a América Latina oferece, ou seja, seus inúmeros destinos, paisagens e experiências.